Um documentário que gosto muito é o Ilha das Flores de Jorge Furtado e sempre que pretendo abordar a visão sistêmica e , portanto, construir conceitos tais com os de interelações, interconexões, redes e complexidade, em cursos que coordeno, sejam presenciais ou a distância , eu sempre indico este documentário que fala de um tomate. Confira o curta-metragem: Ilha da Flores – parte I e Ilha da Flores – Parte II .
Um tomate. Ora bolas, um tomate é um tomate. Assim, simples e banal. Portanto, sem pretensões de desencadear grandes discussões.Seria correto pensar o tomate dessa forma se, e somente se, nosso modo de compreender as coisas assumisse enquanto pressuposto a linearidade, a fragmentação, o reducionismo. Mas, em Ilha das Flores, Jorge Furtado, consegue ver no um o todo, razão pela qual um tomate é uma rede de conexões.
Dobra sobre dobra: o tomate jogado no lixo é a Ilha das Flores das crianças e mulheres que se alimentam da comida rejeitada pelos porcos. É também o Sr.Suziku, é a Dona Anete. É a troca, a mercadoria, a alimentação, o dinheiro. É a ilha, Porto Alegre, o cultivo, o supermercado, o perfume, as flores… É o tomate, vegetal e, ao mesmo tempo, todo o resto.
Tanto o conteúdo, como a forma fílmica de Ilha das Flores, nos desloca de lugares conhecidos, nos mobiliza rumo à reflexão, encanta e nos dá arrepios, porque interroga a verdade.
É dentro desta perspectiva que se insere uma visão de mundo sistêmica. Trata-se de um pensamento por processos que enfatiza muito mais as relações do que as entidades isoladas e, sobretudo, entende os fenômenos – físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais – na sua interdependência e interconexões.
Pensar dessa maneira é ultrapassar as distinções disciplinares convencionais, vendo-as em termos de relações e de integração em constante dinamismo. É também buscar saídas para a escola, cuja forma de organizar o saber baseia-se em uma visão de mundo fragmentada, reduzindo o estudo de fenômenos complexos a seus componentes básicos.
A pedagogia ecológica, parece-me, visa transformar tanto a organização espacial/temporal da escola, como também a organização curricular, hoje possível em função da Lei de Diretrizes e Base da Educação 93.94/96. É, sem dúvida, uma proposta radical de transformação.
A nova LDB sob o princípio da flexibilidade e da autonomia confere às escolas a responsabilidade de formular e implementar a organização escolar, estimulando o aparecimento de novas identidades educativas de acordo com suas propostas pedagógicas. Nesse sentido, cabe a manifestação da pedagogia ecológica através de uma prática de ensino que se faz por intermédio de projetos trans/multi/interdisciplinares.
É preciso, no entanto, despir-se do modelo taylorista de organização, apoiado nas concepções cartesianas-newtonianas, para só assim conseguir compreender do que se trata um trabalho pedagógico, que não é feito pela justaposição de disciplinas porque pretende construir uma visão sistêmica de mundo. É isso que nos conta Ilha das Flores.
Bom dia eu tenho restrição no meu nome e minha filha estuda em colegio particular hoje eles me negaram a matricula dele disseram q tenho q conseguir outro responsavel financeiro ou então ela não podera ser matriculada écorreto isso.
Michele, sim a escola pode impedir a rematrícula se houver restrição de crédito do responsável financeiro. O que você poderá fazer é alterar o responsável financeiro, ao invés de ser você poderá ser o pai , ou os avós, ou os tios, porque o responsável financeiro não é o mesmo que o responsável legal pela criança.
Um parente seu poderá se responsabilizar pelo contrato da escola assim evita deles não aceitarem, penso eu.
Mas de qualquer forma sugiro que você busque um órgão de defesa do consumidor para ter melhores informações a respeito, ok?
Abraços